Estava com saudade de escrever. Às vezes fico imaginando a ponta da caneta mais macia deslizando sobre a folha branca. Então a gente escreve sobre o que? Sobre a vida? Sobre a minha vida? (e há alguém a interessar-se por ela?)
Posso escrever da vida sem dispensar a imensidão do mundo pensando no que exatamente é a minha vida no mundo. Pensando no todo feito por partes e que eu sou uma dessas partes.
Que tal então escrever sobre os amores? Que são tão delicados e fortes, ao mesmo tempo, se quebram e se reconstroem sozinhos.
AmoreS!
Sim, no plural, por que o mundo é tão grande que não dá para amar no singular. Singular é algo que eu não quero ser.
Singular é muito pouco, não tem par, não sorri junto, não tem saudade do outro... por que singular não tem "outro". Singular é um só e eu sou sempre "dois ou mais".
Não há parte mais bonita no mundo do que a minha própria vida. O mundo é feito por todas as partes de mim. E se não há, como escrever sobre a vida? Da minha vida? Da sua vida? Tenho poucos caracteres (e tempo) para escrever sobre essa emaranhando de coisas que é a vida. E nem seria justo...
Eu é que não queria ter uma vida que desse parar resumir.
Eu é que não queria ter uma vida que desse parar resumir.
Quem resume se limita, não vira a página e não curte a felicidade do final - dos vários finais.
Por isso, sem resumir a vida... Pois eu quero é vivê-la.
E que quiser que venha...
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